Turismo e gastronomia caminham juntos na tentativa de encantar os visitantes e conquistá-los pelo sabor. As tendências e os desafios do turismo gastronômico também foram temas pautados no 4º Salão Mineiro do Turismo. Para debater e apresentar as perspectivas mundiais, o evento contou com a presença do diretor geral do Centro Empresarial Gastronômico e Hoteleiro do México, Antonio Montecinos, que fez palestra no dia 19 de maio com o apoio do Sistema Fecomércio Minas, Sesc, Senac e Sindicatos.
Com muita simpatia ao se comunicar utilizando o “portunhol”, Montecinos definiu que o turismo gastronômico é composto por pessoas que, durante suas viagens, realizam atividades fundamentadas no patrimônio cultural gastronômico tangível e intangível em lugares diferentes aos de seu entorno habitual. “Por um período de tempo consecutivo inferior a um ano, o principal objetivo é consumir e desfrutar produtos, serviços e experiências gastronômicas”, destaca.
Destino gastronômico e turístico é um conjunto de recursos gastronômicos – alimentos, bebidas, utensílios tradicionais, atrações, atividades e produtos gastronômicos – que geram um poder de atração suficiente para induzir o viajante a realizar os esforços necessários para movê-lo em direção a ele. “É o território que, com uma marca, um preço e um lugar no mercado, mantém em grande parte do ano um fluxo de visitantes e turistas numerosos o suficiente para transformar essa atividade em um dos fundamentos da sua economia e desenvolvimento. Alguns bons exemplos são Madrid, Barcelona, Paris e Nova York”, ressalta o mexicano.
Para ele, o grande desafio é que, de forma planejada, o turismo gastronômico seja considerado um produto turístico prioritário, apoiado por políticas públicas internacionais e nacionais vigorosas, tornando-o uma excelente ferramenta para auxiliar de maneira respeitosa, ética e pacífica, o desenvolvimento sustentável regional. “Não há o que se falar em turismo gastronômico sem falar de gastronomia sustentável. O ser humano busca, hoje, por uma alimentação saudável e preza pela sustentabilidade. Engana-se quem pensa que a gastronomia é apenas o prato. Existe todo um sistema alimentar que apenas começa na terra”.
Turismo gastronômico em Minas
Antonio Montecinos enfatizou a importância de Minas Gerais ter a gastronomia como principal atrativo turístico. Disse que o estado tem muito a oferecer e que precisa de mais incentivos para se tornar mundialmente conhecido. “Seria fantástico criar aqui a Rota da Cachaça, assim como existe a Rota da Tequila, no México. Nos últimos anos, o número de turistas cresceu 40% na região da rota mexicana. É um grande atrativo aos turistas, uma vez que eles têm a oportunidade de conhecer de perto todo o processo de produção, experimentar e levar os produtos para casa”, aconselha.
fonte: fecomercio
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